terça-feira, 15 de março de 2022

Tudo como antes...


De uma hora para outra, as escolas tiveram que fechar as portas devido à chegada da covid-19 no Brasil. Esse cenário impactou a comunidade escolar, obrigando educadores e alunos a se adaptarem a uma nova realidade, o que inclui lecionar e assistir a aulas online.

Nesse período tivemos que nos reinventar e adotar algumas tendências na educação de Baraúna como ensino híbrido, uso de recursos tecnológicos, aumento da solidariedade, estímulo à colaboração entre os profissionais da educação, ensino semipresencial e principalmente uma educação para além dos muros da escola.

Antes da pandemia, mais precisamente em 2015, venho colocando em prática algumas das referidas tendências na Escola Manoel de Barros sem a colaboração de quem tinha e tem o dever de pelo menos não atrapalhar já que é tão difícil colaborar.

Nesse período tentei sem sucesso inovar na educação, principalmente na metodologia e uso de tecnologias no ensino, mas não consegui. Fui ingênuo ao acreditar que a necessidade da mudança imposta pela pandemia todos seriam convencidos, e melhor, mudariam a nossa forma de ensinar aos nossos alunos, até porque essas tendências não tem nada de novo, é um velho requentado de novo.

Como coordenador geral da educação de Baraúna, de janeiro a maio de 2021, implantamos a Coordenação de Tecnologias Educacionais com o objetivo de oferecer suporte e capacitação a todos os profissionais da educação que hoje poderia ser oferecido nos dias extra classe, mas parece que perdeu um pouco seu propósito inicial.

Só depois do retorno às aulas presenciais pude perceber que voltamos de onde estávamos antes da pandemia: copia, explica, faz exercício, avalia. Ou seja, nem as lições de uma pandemia foi suficiente para convencer e mobilizar as lideranças educacionais do município que mudamos ou continuaremos a penar com os índices vergonhosos que vemos repetindo a anos.

Mas porque as ditas tendências não tiveram continuidade?
Falta projeto e liderança da secretaria da educação para sua implantação. Sabemos que não existe uma fórmula mágica para melhorar nossa educação, mas sem sombra de dúvidas, a jornada de transformação começa no debate de ideias e, principalmente, na vontade e coragem de fazer diferente.

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