Fui Secretário de Agricultura do município de Baraúna por 11 anos nos governos de José Araújo (um mandato) e Gilson (dois mandatos), mas nunca houve interesse político pela secretaria porque havia um orçamento fictício que na prática os recursos não apareciam e só consegui fazer alguma coisa porque fiz uma parceria boa com as Assistentes Sociais (Cédina e Silvia) nos dois mandatos de Gilson, Banco do Nordeste e Emater. No entanto, a Secretaria de Educação é alvo hoje de interesses partidários dos dois grupos que comandam o PMDB de Baraúna. Esses interesses não são por um acaso, a Secretaria de Educação é atualmente a que tem mais recursos e funcionários contratados e por causa disso é tão combiçada.
As informações que nos chegam é que o PMDB está dividido em dois grupos, ambos beneficiados pelo atual prefeito Aldivon Nascimento, mas um grupo está insatisfeito porque não é tão privilegiado como o outro. Em função disso o grupo insatisfeito propôs um acordo com o prefeito e nesse acordo, entre outras exigências, estava a Secretaria de Educação como garantia de apoio incondicional à candidatura do atual prefeito. A Secretaria seria dada no acordo de portas fechadas, ou seja, sem os atuais cargos comissionados e com direito de indicar quem eles quisessem. Essa negociação já estava bastante avançada que já havia uma pessoa indicada pelo grupo posando de secretária.
Mas felizmente o acordo não foi concretizado e o grupo resolveu se juntar a Francisco Gilson de Oliveira (Gilson Professor), Geilson e Ailton Lopes. Para se juntar a este grupo, que deseja lançar o nome de Luciana (esposa de Gilson) como candidata a prefeita de Baraúna, está o nome do ex-prefeito José de Araújo Dias que ainda não sinalizou o interesse.
Estou mencionando este acordo para mostrar aos colegas profissionais da educação o quanto a Secretaria de Educação desperta interesses político e econômico. Será que se a Secretaria de Educação não tivesse possibilidades de satisfazer esses interesses ela estaria sendo alvo de disputa?
Não é difícil perceber que a educação de Baraúna sempre foi usada como moeda de troca. No relatório apresentado pelo Sindserb ficou comprovado que de cada três funcionário lotado na Secretaria de Educação um é beneficiado com gratificações e/ou horas adicionais. Essas gratificações e horas adicionais em alguns casos são necessários, mas em sua maioria não. Se observarmos, a maioria dos beneficiários são pessoas que defendem o prefeito, pois o critério de seleção não é técnico e sim político.
A troca da secretaria pelo apoio político tinham como objetivos acomodar os apadrinhados políticos e usar os recursos do Fundeb como moeda de troca, se utilizando das horas adicionais, gratificações e nomeações no apoio político. Teríamos como possíveis alvos os professores e funcionários da educação que seriam oferecidos vantagens em troca do apoio político para a próxima eleição.
Diante de tudo isso se torna necessário que os professores e os conselheiros do Conselho de Controle Social do Fundeb fiquem atentos a esses acontecimentos.
Um comentário:
É isso mesmo amigo Reginaldo, você está certíssimo nas suas palavras, pois, em nenhum momento nós pensávamos em fazer política visando "esse jogo" porque o que sempre quisemos foi ter transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB, coisa esperada até o momento. Não podemos compactuar com essas atitudes. Nosso caminho é outro. Valeu!
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