Temos retratado constantemente a condição vergonhosa dos índices da educação do município de Baraúna. No entanto, ninguém fica sensibilizado com a situação e no final do ano sobra para os professores que são considerados por todos como o principal culpados pelo problema. E temos dito que as autoridades e profissionais responsáveis pela educação só fariam alguma coisa para tirar o município da rabeira da vergonha quando o Ministério da Educação intervisse, e foi o que aconteceu.
Baraúna está relacionado na lista dos municípios brasileiros que serão contemplados com ajuda financeira e assistência técnica, assegurados pela Resolução CD/ FNDE /N.º 029, de 20 de Junho de 2007. Entre os eixos temáticos a serem trabalhados estão: I) Gestão Educacional, II) Formação de Professores e dos Profissionais de Serviço e Apoio Escolar, IV) Práticas Pedagógicas e Avaliação e V) Infra-estrutura e Recursos Pedagógicos.
Todo município fica satisfeito quando há uma ajuda, principalmente financeira, do governo federal e/ou estadual, mas neste caso, devemos ficar com vergonha, pois é uma ajuda que virá para tentar corrigir o que não fomos capazes de resolver até agora. Os que não querem assumir sua responsabilidade vão dizer que foi por falta de dinheiro. Mas não é.
Apesar do nosso fracasso com a educação, temos alguns fatores a nosso favor. Escolas do município com 100 % do seu quadro de professores com nível superior e muitos com especialização e poucos com mestrado e doutorado; escolas com equipamentos de última geração (Computadores, Notebook, data-show, televisores, internet de banda larga e via satélite, escola com sinal de internet wirelles, aparelhos de som, câmera fotográfica digital, filmadora digital, retroprojetor, etc); financiamento da educação com o FUNDEB e Caixa Escolar cujo montante de recursos não é o ideal mas assegura o mínimo para manutenção da educação e uma clientela de alunos ávidos para aprender.
Os diretores e supervisores do município estão sendo capacitados para a elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR). Só esperamos que não seja como o Projeto Político Pedagógico da Escola Manoel de Barros que a Secretaria Municipal de Educação gastou uma fortuna com horas adicionais com alguns profissionais, que já recebem para elaborar o documento, e até o momento os professores do turno noturno e os alunos e funcionários de todos os turnos não tiveram acesso a ele. É triste, mais alguns profissionais só se propõe a sair do feijão-com-arroz se receber horas adicionais.
O que falta não é dinheiro, tanto é que muitos municípios com muito menos recursos financeiros e humanos estão bem colocados nos programas de avaliação do governo federal. Está faltando boa gestão dos recursos financeiros e humano já disponibilizados e compromisso da maioria dos profissionais da educação de Baraúna em tirar o município da rabeira da vergonha nacional.
Para mais informações sobre as ações suplementares de assistência técnica e financeira de que trata a Resolução supra citada clique aqui.
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