"O lápis e o caderno do século vinte e um vão ser internet e banda larga, goste ou não, seja a favor ou não, mas vai ser o mundo agora. Os governos têm que se replanejar e a pandemia mostrou como eles não estavam antenados"
É assim que o educador Mozart Neves Ramos resume a necessidade de mudanças no ensino, acelerada pela atual crise sanitária mundial.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, por unanimidade, uma resolução que autoriza a prorrogação das aula remotas até 31 de dezembro de 2021. Tudo bem, e depois?
Existe as possibilidades da primeira vacina está realmente disponível para parte da população só a partir de segundo trimestre de 2021 e que não tenha em quantidade suficiente para todos os professores, funcionários das escolas e estudantes.
Do ponto de vista da aprendizagem e do desgaste psicológico tudo isso poderia está sendo menos traumático para nossos estudantes e professores se as escolas estivessem sido preparadas para o Ensino Híbrido. Espontaneamente ou obrigadas, de agora em diante o Ensino Híbrido será adotado pelas escolas. E para os que pensam que Ensino Híbrido é simplesmente dividir sua aula em uma parte presencial e uma parte online está enganado, vai além disso, é integrar novas metodologias usando tecnologias no ensino presencial e online.
Com essa pandemia ficou claro que maioria dos educadores não tinham experiência com aulas remotas pois não foram preparados pelas universidades e muito menos pela secretaria de educação. Sabe qual é a diferença da aula de um professor com 25 anos de sala de aula e um que está saindo da universidade hoje? Nenhuma. Maioria deles estão aprendendo e repetindo o que os mais velhos repetem a mais de 30 anos.
No caso de Baraúna os professores e as direções de escolas estão se virando sozinhos, pois a Secretaria Municipal de Educação não tem, pelo que sabemos, uma portaria orientando suas escolas de como proceder com as aulas remotas e muito menos um plano de capacitação dos professores com as novas metodologias e tecnologias. Apesar de todos perceberem da inércia e falta de diretrizes da secretaria algumas direções escolares insistem na espera do que nunca existiu.
Quer queira ou não a partir de agora as aulas remotas farão parte do planejamento das escolas e o município terá que elaborar e executar um plano para capacitar seus professores, coordenadoras pedagógicas e diretores para a nova realidade. Além desse apoio o município deverá ter uma política de inclusão digital para os estudantes carentes.
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