segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tragédia anunciada

O gráfico foi gerado pelo Sistema de Avaliação e Emissão de Boletim Escolar (SAEBE) e retrata o desempenho da Escola Manoel de Barros no 1º, 2º e 3º Bimestres de 2008. Uma informação importante que não está sendo demonstrado no gráfico é a porcentagem de alunos evadidos. Não usamos os dados gerados pelo SAEBE porque muitos professores ainda não definiram os alunos evadidos em suas respectivas disciplinas. No entanto, principalmente no turno noturno, há professores dando aulas a 2 ou 3 alunos numa classe.


Em média, nos três turnos, 46,4% dos alunos estão com média nas disciplinas abaixo de 6,0; 24,6% dos alunos estão com freqüência menor que 75%; 50,3% dos alunos estão com risco de serem reprovados; 89,8% estão fora de faixa etária e 43,8 % dos alunos estão cadastrados na bolsa família, sendo que nos turnos matutino e vespertino ultrapassa aos 62 %.


Como sempre, a situação mais crítica é o turno noturno seguido pelo vespertino e matutino. Das quatro variáveis analisadas, a porcentagem de alunos fora de faixa etária é a mais crítica. Isso é um sinal de que esses alunos deveriam está numa série acima da que estão e pior, muitos deles já foram reprovados por mais de três vezes na mesma série.


Esse péssimo desempenho da escola já era esperado, pois na análise dessas variáveis de 2001 até 2008, constata-se que a qualidade do ensino da escola vem numa decadência assombrosa. Mas isso ainda não é o pior. Mesmo com os repetitivos resultados desfavoráveis, as pessoas que têm a obrigação de reverter essa situação não estão conseguindo resolver o problema.


Para termos uma melhora na educação basta começar com o bom gerenciamento dos recursos que já disponibilizamos, captação de pessoas comprometidas e capazes de provocar as mudanças necessárias e ousadia. No entanto, para que isso aconteça o prefeito deve assumir a responsabilidade com todos os baraunenses de que educação será prioridade na sua administração, só que não é fácil. Uma decisão dessa mexeria com interesses partidários e como esses interesses estão acima de qualquer projeto de mudança, não temos perspectivas de melhoras.

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