quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Em 2007, 2,1 milhões das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüentavam escola e não sabiam ler e escrever

Pesquisa do IBGE demonstra que embora as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade, faixa etária correspondente ao ensino fundamental, o ensino esteja praticamente universalizado (97,6%), os resultados da pesquisa mostram que este alto índice de freqüência à escola nem sempre se traduz em qualidade do aprendizado. Entre as 28,3 milhões de crianças de 7 a 14 anos, que pela idade já teriam passado pelo processo de alfabetização, foram encontradas 2,4 milhões (8,4%) que não sabem ler e escrever. Isto não significa que estas crianças não estejam na escola: 2,1 milhões delas, ou seja, 87,2%, das que não sabiam ler e escrever, freqüentavam estabelecimento de ensino. Deste grupo de 2,1 milhões, 1,2 milhão vivia no Nordeste do país.

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Entre as crianças de 10 anos, idade adequada à 4a série, que não sabiam ler e escrever, 85,6% destas crianças estavam na escola. Aos 14 anos, idade em que se deveria concluir o ensino fundamental, o percentual de crianças que ainda não sabe ler e escrever é menor (1,7%), o que representa 58,1 mil pessoas. Porém, quase metade destas (45,8%) estava na escola. Chama atenção o número de crianças de 14 anos fora da escola, cerca de 204,8 mil.

No caso dos adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar freqüentando ensino médio, novamente a situação de rendimentos influencia sua possibilidade de freqüentar escola. A freqüência escolar deste grupo como um todo é de 82,1%, porém, chama a atenção a diferença entre a taxa dos 20% mais pobres (76,3%) e a dos 20% mais ricos (93,6%). Entretanto, os resultados são melhores que os de 1997 (55,7% e 87,7%). No período, a distância entre os mais ricos e os mais pobres baixou de 31,2 para 17,4 pontos percentuais. A disparidade ocorre em todas as grandes regiões e pode ser explicada, em parte, pela necessidade dos jovens mais pobres de trabalhar para ajudar suas famílias.

Uma assessora do Ministério da Educação informou que mais de 3.000 município com baixo rendimento, principalmente na educação básica, serão contemplados com recursos para melhoria da infra-estrutura das escolas, capacitação dos professores e gestão. Não tenho dúvidas que Baraúna está entre esses municípios, pois temos na terra da fruticultura e do calcário a pior educação do Brasil.

Algumas vezes disse que a educação de Baraúna só teria um salto de qualidade, mesmo que pequeno, só depois de uma intervenção do MEC. Pelas notícias que giram nos meios de comunicação, essa minha preocupação está para ser confirmada. Infelizmente esse reforço do Governo Federal é mais uma prova de que não temos competência nem compromisso para tiramos a educação do nosso município do buraco que se encontra.

Veja que depois da divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e da repercussão na imprensa nacional, quase nada foi feito. Como forma de tentar amenizar a situação, foi criado um Comitê Gestor com o objetivo de buscar soluções para o problema, mas só houve duas reuniões que não resultou até o momento em ações concretas.

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