Secretarias dão as costas à dengue em Baraúna

Por mais de duas semanas as escolas do município de Baraúna vem planejando uma campanha de combate à dengue nas salas de aulas e ruas da cidade. A escola Manoel de Barros, menos o diretor, liderou a campanha e convidou como parceiros as secretarias municipais de saúde, ação social e educação.

Inicialmente a campanha seria feita somente pelas escolas, mas ficamos sabendo que a secretaria de saúde estava planejando outra campanha com o mesmo objetivo e nesse caso convidamos seu secretário.

Depois de alguns convites para reuniões de planejamento, a secretária de ação social e seus colaboradores não participaram de nenhuma reunião.

Com relação à secretaria de saúde, atrapalhou mais do que ajudou. O secretário se comprometeu, numa única reunião que participou, na disponibilização dos agentes de saúde, epidemia e proteção, médicos e aquisição de material promocional (folder, panfletos, cartazes, faixas, etc.), mas não cumpriu com os compromissos. Dos profissionais prometidos para a campanha de rua apenas 03 agentes de saúde compareceram durante à tarde e o material promocional, diga-se de passagem, umas poucas cópias de péssima qualidade não deram nem para distribuir para os alunos, imagine para a população.

O secretário de saúde acha que vai combater o mosquito da dengue no município de Baraúna apenas com um carro de som nas ruas. Fizemos um cálculo e com 24 resmas de papel ofício e 03 tones para máquina de xerox conseguiríamos entregar um folder para cada família visitada pelos alunos e custaria para a secretaria R$ 636,00, mas nem isso a secretaria disponibilizou para a campanha. A secretaria de saúde recebeu no ano de 2008 a quantia de R$ 12.931,07 destinados ao registro e controle de doenças. Se o secretário de saúde não está preocupado com a dengue no município, pelo menos não atrapalhe quem quer ajudar a resolver o que é uma das atribuições de sua secretaria.

A maioria absoluta da população colocou que o município está abandonado pelos agentes de saúde. Ficou claro que a maioria dos agentes de saúde só se mobilizam para reivindicar seus direitos, o povo que espere.

Ficou combinado que os ônibus levariam e buscariam os alunos nas ruas mais distantes, mas esse compromisso não foi cumprido e os alunos tiveram que se deslocarem em pleno sol escaldante.

Estão de parabéns as escolas (Manoel de Barros, João de Abreu, Maria Barros, Pentágono e Novo Mundo) com seus alunos, professores, supervisores e diretores por cumprirem com o compromisso assumido.

Para a secretaria de ação social e principalmente a de saúde fica um sentimento de que seus responsáveis o que importa é o dinheiro que recebem todos os meses à custa dos impostos pagos por todos nós e a população que se dane. Lembre-se que o mosquito Aedes aegypti não diferencia pessoas por sexo, religião, cor e classe social.