O discurso de políticos, órgãos de imprensa, educadores e muitos outros é que deve-se aumentar os salários dos professores, informatizar as escolas, destinar mais recursos para as escolas, que os professores participem de cursos de atualização, estimular a participação dos pais na escola e assim vão os discursos. A verdade é que esses discursos não têm tirado a educação da situação grave que se encontra.
O que temos observado é que escolas da rede privada pagam menos que as públicas, possuem menos recursos, os professores não participam frequentemente de cursos de atualização e mesmo assim conseguem resultados bem melhores. Escolas que possuem computadores têm o mesmo rendimento das que não têm. Algumas escolas não possuem um quadro de profissionais tão qualificados em relação a outras e mesmo assim conseguem melhores resultados.
A idéia de que mais recursos significam maior qualidade foi desconstruído pelo pesquisador Naércio Meneses que realizou um estudo sobre Os determinantes do desempenho escolar no Brasil. Segundo ele uma escola que gasta R$ 400,00 por aluno e outra que gasta quase R$ 1.000,00, ambas alcançaram cerca de 215 pontos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - que avalia, por amostragem, os alunos dos ensinos fundamental e médio do Brasil. Diante disso nos leva a pensar que essa diferença está na gestão dos recursos financieros e humano.
Outra conclusão que pode gerar debate, foi que alunos de professores que participaram dos chamados cursos de atualização não têm desempenho melhor do que aqueles que assistem aulas de educadores que não fizeram os cursos. Dos professores consultados, 80% disseram que participaram de algum tipo de atualização. Mas “a diferença do desempenho de seus alunos foi irrelevante”, disse Menezes.
Não podemos contestar os dados. Em relação ao município de Baraúna todos devem concordar que depois da implantação do Fundeb se esperava que os índices da educação melhorassem, no entanto, teve um efeito inverso.
Não podemos levar a discussão da melhoria da qualidade da educação do município de Baraúna somente na melhoria de salários, compra de mais computadores e cursos de aperfeiçoamento de professores. A pergunta que se deve fazer é porque algumas escolas conseguem fazer a diferença e outras não.
É claro que mais dinheiro na escola ajuda, mas ajuda muito mais se for gerido corretamente. A educação é um serviço que assim como os outros deve prestar contas de seus resultados e ter uma gestão profissional. Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, que atua na formação de gestores da educação afirma que os professores que trabalham na escola privada faltam menos e obtém melhores resultados que os professores das escolas públicas. Isso se deve ao fato dos primeiros serem cobrados pelas faltas e metas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico. O maior compromisso dos professores da rede privada deve-se a maior facilitada dessas escolas terem de demitirem profissionais faltosos ou que não cumprem com as metas estabelecidas em seu planejamento. Já para as escolas públicas o mesmo procedimento não é tão fácil de ser aplicado.
Resultados de um dos projetos da Fundação Lemann, aplicados em 2005 em Santa Catarina e São Paulo, mostraram acréscimo de 18% nas notas de português dos alunos da 4ª série depois que diretores receberam aulas. O processo foi repetido em 2006 com resultado semelhante em Tocantins e Ceará. Ainda estamos longe de uma profissionalização da gestão escolar enquanto a nomeação política de diretores de escola continuar.
É consenso que a capacitação continuada de professores é importante e que as escolas estimulem o aperfeiçoamento profissional, no entanto esse aperfeiçoamento não tem gerado resultados positivos. No caso do município de Baraúna, tínhamos melhores resultados com os professores leigos (sem formação acadêmica). Atualmente 100 % dos professores das escolas do município têm no mínimo uma formação superior, no entanto, a qualidade da educação vem historicamente piorando. O antagonismo capacitação continuada e melhoria da educação devem-se a cursos fragmentados e descontextualizados com a vivência do professor em sala de aula. Essa questão só será resolvida se a grade curricular desses cursos for aberta à sugestões dos professores. A melhoria da qualidade da educação passa por uma gestão que motive seu quadro de professores e demais funcionários, planeje, acompanhe e cobre os resultados.
O que temos observado é que escolas da rede privada pagam menos que as públicas, possuem menos recursos, os professores não participam frequentemente de cursos de atualização e mesmo assim conseguem resultados bem melhores. Escolas que possuem computadores têm o mesmo rendimento das que não têm. Algumas escolas não possuem um quadro de profissionais tão qualificados em relação a outras e mesmo assim conseguem melhores resultados.
A idéia de que mais recursos significam maior qualidade foi desconstruído pelo pesquisador Naércio Meneses que realizou um estudo sobre Os determinantes do desempenho escolar no Brasil. Segundo ele uma escola que gasta R$ 400,00 por aluno e outra que gasta quase R$ 1.000,00, ambas alcançaram cerca de 215 pontos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - que avalia, por amostragem, os alunos dos ensinos fundamental e médio do Brasil. Diante disso nos leva a pensar que essa diferença está na gestão dos recursos financieros e humano.
Outra conclusão que pode gerar debate, foi que alunos de professores que participaram dos chamados cursos de atualização não têm desempenho melhor do que aqueles que assistem aulas de educadores que não fizeram os cursos. Dos professores consultados, 80% disseram que participaram de algum tipo de atualização. Mas “a diferença do desempenho de seus alunos foi irrelevante”, disse Menezes.
Não podemos contestar os dados. Em relação ao município de Baraúna todos devem concordar que depois da implantação do Fundeb se esperava que os índices da educação melhorassem, no entanto, teve um efeito inverso.
Não podemos levar a discussão da melhoria da qualidade da educação do município de Baraúna somente na melhoria de salários, compra de mais computadores e cursos de aperfeiçoamento de professores. A pergunta que se deve fazer é porque algumas escolas conseguem fazer a diferença e outras não.
É claro que mais dinheiro na escola ajuda, mas ajuda muito mais se for gerido corretamente. A educação é um serviço que assim como os outros deve prestar contas de seus resultados e ter uma gestão profissional. Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, que atua na formação de gestores da educação afirma que os professores que trabalham na escola privada faltam menos e obtém melhores resultados que os professores das escolas públicas. Isso se deve ao fato dos primeiros serem cobrados pelas faltas e metas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico. O maior compromisso dos professores da rede privada deve-se a maior facilitada dessas escolas terem de demitirem profissionais faltosos ou que não cumprem com as metas estabelecidas em seu planejamento. Já para as escolas públicas o mesmo procedimento não é tão fácil de ser aplicado.
Resultados de um dos projetos da Fundação Lemann, aplicados em 2005 em Santa Catarina e São Paulo, mostraram acréscimo de 18% nas notas de português dos alunos da 4ª série depois que diretores receberam aulas. O processo foi repetido em 2006 com resultado semelhante em Tocantins e Ceará. Ainda estamos longe de uma profissionalização da gestão escolar enquanto a nomeação política de diretores de escola continuar.
É consenso que a capacitação continuada de professores é importante e que as escolas estimulem o aperfeiçoamento profissional, no entanto esse aperfeiçoamento não tem gerado resultados positivos. No caso do município de Baraúna, tínhamos melhores resultados com os professores leigos (sem formação acadêmica). Atualmente 100 % dos professores das escolas do município têm no mínimo uma formação superior, no entanto, a qualidade da educação vem historicamente piorando. O antagonismo capacitação continuada e melhoria da educação devem-se a cursos fragmentados e descontextualizados com a vivência do professor em sala de aula. Essa questão só será resolvida se a grade curricular desses cursos for aberta à sugestões dos professores. A melhoria da qualidade da educação passa por uma gestão que motive seu quadro de professores e demais funcionários, planeje, acompanhe e cobre os resultados.
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