Dar sentido ao currículo escolar por meio de pesquisas dos alunos sobre suas realidades. A ideia foi posta em prática há 11 anos em favelas do Rio de Janeiro (RJ), levando jovens a realizar pesquisas no contraturno das aulas. Resultado: a iniciativa ganhou força, foi incorporada a Pontos de Cultura e ao Mais Educação, programa do governo federal para educação integral.
As atividades de pesquisa, desenvolvidas pela organização Casa Arte de Educar, atendem diretamente 360 crianças e adolescentes e 100 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Elas acontecem nas duas unidades do projeto, localizadas no Morro da Mangueira e do Morro do Macaco, na periferia do Rio de Janeiro.
Além dos atendimentos diretos, a metodologia é oferecida a alunos de 10.042 escolas de tempo integral, ligadas ao programa Mais Educação. Também é disponibilizada aos participantes de oficinas de Pontos de Cultura de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A proposta é levantar o interesse dos alunos e orientá-los a desenvolver pesquisas sobre os assuntos, reunidas em grandes temas como arte, resgate histórico da comunidade e educação urbana. “Queremos dar sentido ao currículo através da cultura do aluno, promovendo atividades culturais de memória e ciência”, conta a coordenadora do projeto, Sueli Lima.
Além da incorporação ao Mais Educação, a Casa Arte de Educar foi convidada pelo Ministério da Educação (MEC) para promover formações semestrais com professores. A ideia é orientá-los a trabalhar a realidade do aluno e o seu conhecimento. “É a cultura do estudante que pode garantir seu sucesso escolar e o professor tem que olhar para o currículo escolar nesse sentido”, avalia.
Em abril, a organização vai lançar, a pedido do MEC, um caderno sobre métodos de alfabetização. Os projetos são desenvolvidos em parceria com organizações como Ministério da Cultura, Petrobrás e o programa Criança Esperança.
(Transcrito do Portal Aprendiz)
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