segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Valorização do professor é eixo central do novo PNE, diz Haddad

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (13) que a valorização do professor será o eixo central do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser entregue pelo governo ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (15).


Durante participação no programa Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor. “O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou no Café com o Presidente que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos. “O que é importante é que as metas são ambiciosas”, disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.

Haddad lembrou no programa que, na semana passada, dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação – ficando atrás de Luxemburgo e do Chile. Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade. “Agora, trata-se de acelerar o passo”, concluiu.

Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011.

PNE

O PNE é responsável por determinar os rumos que a educação do País deverá tomar nos próximos anos. O plano define objetivos e metas para todos os níveis de ensino brasileiros, da creche ao ensino superior, para o período de 2011 a 2020.

O novo PNE começou a ser desenhado na Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada em março deste ano. A proposta elaborada pela sociedade serviu de ponto de partida para o MEC elaborar o documento que será encaminhado para aprovação pelo Congresso Nacional. Os deputados e senadores podem ainda alterar o texto e vetar metas, caso a maioria não as aprove.

(Portal Aprendiz)

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