Fazer uma especialização ou até mesmo um mestrado ou doutorado é importante, mas o que conta mesmo é a prática do cotidiano em sala e a troca de experiência com os colegas. A maioria dos professores que depois de 15 anos voltaram à universidade para fazer uma pós-graduação retornou à sala de aula com a mesma prática pedagógica que já tinha antes da capacitação. No caso de Baraúna, muitos novos professores não estão fazendo nada de novo em relação aos que estão em final de carreira assim como os que possuem especialização, mestrado e doutorado.
É fundamental que a Secretaria Municipal de Educação invista maciçamente na capacitação continuada de seus professores, caso contrário, continuaremos a amargar os maus resultados por longo tempo. Não são necessários muitos recursos para conseguir melhorar o nível do quadro de professores basta realizar, no mínimo quatro vezes por ano, encontros com o objetivo de socializar o que de bom os professores vêm fazendo.
Só depois, caso seja necessário, é que a Secretaria Municipal de Educação deverá contratar uma assessoria para ministrar cursos para corrigir ou complementar nossa prática pedagógica. Basta de valorizar só o que vem de fora. Temos boas experiências desenvolvidas por colegas que podem e deveriam está sendo socializadas para a rede.
O educador português Antônio Nóvoa, Catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e presidente da Associação Internacional de História da Educação, garante que concluir o magistério ou a licenciatura é apenas uma etapa longa do processo de capacitação. Essa sua afirmação é percebido nos colegas professores que estão saindo da faculdade e continuam reproduzindo o que aprendemos a mais de duas décadas.
Veja entrevista completa na Revista Nova Escola.
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