Melhorar a qualidade do ensino público no país. Com este objetivo, 12 especialistas apontaram propostas para diminuir, até o ano de 2022, a distância educacional avaliada entre o Brasil e os países mais desenvolvidos. As sugestões resultaram no projeto “A Transformação da Qualidade da Educação Básica Pública no Brasil”. O documento foi divulgado, nesta quinta-feira (16/12), em São Paulo (SP).
Segundo o projeto, seis macrotemas devem ser levados em consideração para a melhora da qualidade: a reestruturação da formação e da carreira do magistério; o fortalecimento da liderança e da capacidade de gestão nas escolas; a reforma da estrutura da escola e novos sistemas de ensino; a reforma do ensino médio; a criação de um currículo mínimo nacional e o aperfeiçoamento das avaliações e reforço das políticas de investimento.
As discussões tiveram início no dia 25 de maio deste ano, quando os especialistas – Cláudio de Moura e Castro, Eduardo Giannetti da Fonseca, Francisco Soares, Jamil Cury, Luis Carlos Menezes, Maria Helena Guimarães de Castro, Guiomar Namo de Mello, Mauro Aguiar, Mozart Neves Ramos, Reynaldo Fernandes, Eunice Ribeiro Duhran e Ruben Klein – foram convidados a responder a pergunta: “Caso fosse eleito presidente da República, quais as cinco grandes ações que tomaria para resolver o problema da qualidade do ensino público básico?”.
“Os debates das campanhas para governadores e presidência não tocaram em pontos essenciais. Os candidatos falavam coisas que eram importantes apenas para o seu marketing político. Por isso, organizamos o documento”, explica Jair Ribeiro, coordenador da Associação Parceiros da Educação, uma das organizações que encabeçaram o projeto.
As propostas dos especialistas serão encaminhadas à presidente e governadores eleitos, além de representantes do Congresso. A tentativa é induzir o governo a desenvolver um plano multipartidário e plurianual para superar os problemas da educação. “O Brasil tem um desafio enorme e urgente no ensino básico público. A sociedade tem que ficar indignada. Precisamos de uma verdadeira revolução”, ressalta.
Na opinião dos especialistas, o ponto de partida para a transformação da educação básica brasileira deve ser a mobilização da sociedade em torno do problema da qualidade.
“A educação é um projeto de longo prazo, mas outros países enfrentaram de forma contundente e resolveram isso em menos de 20 anos. O que precisamos é mobilização do Estado e da sociedade frente à questão, porque o Brasil nunca priorizou a educação”, conclui Ribeiro.
“A Transformação da Qualidade da Educação Básica Pública no Brasil” tem como signatárias organizações que atuam no campo educacional. Além da Associação Parceiros da Educação, o projeto contou com a Casa do Saber, Associação Cidade Escola Aprendiz, Fundação Bradesco, Instituto Unibanco, Instituto Natura, Instituto Ecofuturo e Fundação Educar.
(Portal aprendiz)
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