quarta-feira, 9 de junho de 2010

Escravos do tempo

Estou coordenando quatro projetos com alunos da Escola Manoel de Barros, mas tenho enfrentado sérias dificuldades por falta de tempo. Propus uma parceria com outros colegas professores a execução desses projetos. Todos acharam interessantes e demonstraram interesse de participar, mas não se engajaram por causa do fator tempo. Será que as pessoas que conduzem nossa educação não percebem que professor precisa de tempo para estudar, pesquisar, planejar, avaliar e coordenar projetos?

A Lei do Piso propõe que 1/3 do tempo da carga horária do professor seja destinada às atividades listadas acima. A comissão de elaboração do Plano de Carreira do Magistério de Baraúna-RN até discutiu a questão, mas não a defendeu por achar que sua aprovação jamais seria aprovada pelo poder público municipal.

Não acredito que poderemos melhorar nossa educação sem esse tempo indispensável ao professor. Vejo na maioria deles a vontade de desenvolver projetos de interesse dos alunos, principalmente projetos em parceria com outros professores, mas fica só na vontade, pois esse tempo imprescindível ele não tem, visto que a maioria ensina em mais de uma escola.

Essa situação poderia ser amenizada se a Secretaria Municipal de Educação tivesse normatizado a remuneração dos professores pelo seu desempeno, mas nem isso foi feito. Que motivos um professor terá de fazer além do feijão com arroz se no final do ano ele será remunerado igualmente a outro que nem na sala de aula está? Depois cobram dos professores por bons resultados. Estou esperando pela cobrança indevida.

Assim Caminha a Educação de Baraúna!!!

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