sábado, 13 de março de 2010

Mérito ao demérito

Como de praxe, durante as férias refleti calmamente sobre a vergonha do ensino da Escola Manoel de Barros e resolvi elaborar alguns projetos objetivando tirar a escola do buraco da vergonha. Ao iniciar as aulas entreguei à direção dois projetos que elaborei intitulados de Todos na Escola e Visão de Futuro. O primeiro tem o objetivo de reduzir a evasão escolar através de várias ações articuladas e entre estas a implantação da Ficha de Comunicação do Aluno Infreqüente (FICAI) e o segundo propõe realizar um exame de vista (triagem) nos alunos da escola.


Quando propus os dois projetos não tinha e nem tenho o interesse de coordenar absolutamente nada, até porque a escola tem gente sobrando para assumir esta tarefa. Mas para minha surpresa, soube que uma colega professora, que está substituindo um funcionário supostamente afastado sem remuneração, iria assumir a coordenação do projeto. Não quis acreditar, mas um dia depois esta professora me procurou pedindo que o ajudasse a executar o projeto, pois não sabia por onde começar, melhor, não sabia nem qual era o objetivo do projeto. Depois soube que a mesma coordenação tinha sido oferecida a outra professora, mas por não ter participado da elaboração do projeto e consequentemente do que se tratava, teve a humildade de não aceitar a proposta feita pela Secretaria Municipal de Educação.


Esse fato expõe dois erros cometidos pela Secretaria de Educação: primeiro – o Plano de Carreira, Cargos, Salários e Remuneração do Magistério Público Municipal de Baraúna não permite que um funcionário afastado por estar assumindo outro emprego seja substituído por outro e continuar recebendo seus honorários e segundo – os recursos do Fundo de Manutenção da Educação Básica – Fundeb não pode está sendo usado para satisfazer outros interesses que não seja da educação básica.


Não tenho nada contra a professora e muito menos com o colega que ela está substituindo, no entanto, a atitude da Secretaria de Educação em entregar uma coordenação de um projeto de outro professor foi uma atitude desastrada, irresponsável e desmotivadora com as pessoas que pensam e projetam melhorias para aquela escola. Que motivos outro(a) professor(a) terá para sugerir algo para aquela escola se este poderá ser usado como moeda de troca para beneficiar pessoas sem preparo e descomprometidas com a escola?


Somos conhecedores da pressão que o Secretário de Educação sofre diariamente para continuar transformando sua secretaria num cabide de emprego bem como sua posição contrária a tudo isso, inclusive se opondo a interesses de pessoas influentes na administração. A última que ficamos sabendo foi que o Secretário de Educação vem sofrendo chantagens por parte de alguns profissionais da educação do município para assumirem privilégios usando erros da administração como objeto de chantagem. Não quero acreditar, mas se isso estiver acontecendo é um fato grave.


A origem de todos os problemas da educação de Baraúna é uma só: a educação e seus recursos sendo usados para satisfazer os interesses políticos, partidários e pessoais de uma minoria de pessoas que não tem compromisso algum com nossa educação.


Assim caminha a educação de Baraúna!!!



Um comentário:

Anônimo disse...

Professor Reginaldo, acredito que coordenar um projeto na Escola, e por conseguinte, na Escola manoel de Barros não é uma tarefa fácil. Uma vez que deve haver uma integração com todos os membro envolvidos no processo ensino aprendizagem. E eu quero me solidarizar com você nesse momento. Primeiro porque sei da sua preocupação com a educação de Baraúna e, segundo porque vejo na sua pessoa muitas qualidades e conhecimentos para realizar quaisquer tarefas quando o assunto é educação.
Sinceramente se isso ocorre não vamos nos martirizar, pois, mais cedo ou mais tarde os verdadeiros culpados pagarão pelos seus erros.
Espero ter contribuido um pouco com esse questionamento abordado por você.
Abraços,
Prof. Agenil Felipe.