domingo, 14 de fevereiro de 2010

Com ou sem Plano de Carreira do Magistério, tudo continua como antes.

Inocentemente acreditava que o atual Plano de Carreira, Cargos e Salários do Magistério Público Municipal de Baraúna seria o principal instrumento legal para moralizar a educação de Baraúna, mas depois de testemunhar certas atitudes tomadas pelo poder público municipal não acredito mais. Ao perguntar se o professor aprova o novo Plano de Carreira do Magistério do município, 20% responderam que aprova e 80% responderam que não aprova o plano.

Nossa convicção era tão grande que fazendo parte da comissão de elaboração do plano, os professores confundiam entre ser representante dos professores e do poder público municipal, pois nosso pensamento era ser justo com os bons profissionais. Resultado: transformamos o plano num documento punitivo para os profissionais competentes e comprometidos com nossa educação. Já para os que não estão nem um pouco preocupados com a situação tudo continuará como antes, ou seja, seguirão protegidos pelos apadrinhados políticos. Mais de um ano perdido com reuniões, discussões e negociações.

No período de 9 a 11 de fevereiro do corrente ano teve início a primeira etapa da Semana Pedagógica. Como os três dias não eram letivos a participação dos professores ficou muito abaixo do esperado. Em discurso, o Secretário de Educação, Marcos Antonio, falou que a lista de frequência seria critério para o professor conseguir horas extras. Não se engane, o critério será político. Sempre foi assim e não será diferente num ano de eleições. Assim, qual foi o estímulo dado aos professores participantes do evento? Sem a regulamentação dos critérios de avaliação do desempenho fica difícil separar o joio do trigo.

A inclusão da mudança de letras no plano por desempenho tem o objetivo de valorizar o bom e comprometido profissional, mas sem a regulamentação dos critérios nada muda do que já estava sendo feito. Ao ser questionado porque este Ato ainda não tinha sido discutido e aprovado Marcos me falou que tinha 90 (noventa) dias para aprová-lo. Isso nos deixou claro que se depender da prefeitura a regulamentação não será discutido e aprovado este ano.

O Artigo 8º do Plano de Carreira, Cargos e Salários do Magistério Público Municipal de Baraúna estabelece o prazo máximo de 60 (sessenta) dias para o poder público municipal aprovar o Ato Administrativo. Lembrando que a definição dos membros da Comissão de Gestão do Plano ainda não foi realizada. Depois os péssimos resultados da educação é culpa dos professores. Essa não. Diante disso cabe a direção do Sindserb forçar pela aprovação da regulamentação dos critérios avaliativos e escolha dos membros da Comissão de Gestão do Plano.

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