domingo, 21 de outubro de 2007

Mudar dar muito trabalho. Melhor assim.


A educação do município de Baraúna está há muito tempo na UTI em estado terminal. É incrível como ninguém fica sensibilizado com os índices vergonhosos retratados no Prova Brasil, Ideb e pesquisa realizada pelos professores.
Para tirar a escola da situação que se encontra é necessário um esforço grande e para isso exige uma coordenação e liderança que deve ser exercida pela Secretaria Municipal de Educação e direção de escola. Mas isso é o grande problema, pois não há vontade de liderar uma revolução na educação do município de Baraúna. A maioria está comprometida com o grupo político á defender e seu nome ser lembrado na lista dos nomeados para exercer um cargo e garantir as vantagens que este oferece. Essa situação é a grande geradora da farra do uso dos recursos do Fundeb em benefício dos correligionários que serão os cabos eleitorais (em sua maioria, descomprometidos e incompetentes) na próxima campanha.
Se o próximo prefeito tiver o mínimo de responsabilidade com a educação do município de Baraúna, tem o dever de avaliar o trabalho dos seus correligionários político e assessores que tem contribuído negativamente e repetitivamente com o descaso da educação de nosso município e nomear nomes com competência e compromisso com a mudança. No entanto essa possibilidade é remota, pois o prefeito não concorda com eleição direta para direção escola, imaginem excluir da educação os seus soldados de campanha que só pensam no prestígio político e vantagens que irão conseguir com os cargos que assumem.
Há pessoas trabalhando na educação torcendo para que nada mude, porque mudar exige reflexão e muito trabalho, e elas não querem sair da zona de contorto. Por estarem tão comprometidos com seus interesses pessoais não percebem que seu salário depende da permanência do aluno na escola e com os altos índices de evasão e reprovação estamos correndo um sério risco que estes não se matriculem no próximo ano e consequentemente os recursos do Fundeb diminuam.
Estas mesmas pessoas têm a coragem de culpar os professores pelos péssimos índices julgando que estes não têm compromisso com a educação. Por mais profissional que seja, qual é o professor que se motiva trabalhando numa escola onde os que dão seu expediente corretamente são cobrados, inclusive com desconto de salários, enquanto os funcionários fantasmas que não dão nem o trabalho de assinar o ponto, não são cobrados?
Foi por causa disso tudo que resolvi pedir exoneração da função de conselheiro do Conselho Escolar da Escola Manoel de Barros e pelo que sabemos outras pessoas estão com esse intuito, pois assim como eu não acreditam mais nas pessoas que conduzem nossa educação. Se o Conselho Escolar é um órgão colegiado em condições de se opor a tudo que relatamos, com a saída de seus conselheiros a direção escolar continuará com espaço suficiente para continuar mantendo as coisas da maneira que está.

Nenhum comentário: